segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Vaquejada


O último fim de semana foi muito surpreendente. Debaixo de muitos pingos de chuva que não cessavam em cair, eu e minha familia viajamos por norte do Estado para passar a virada do ano num lugar diferente. E era chuva, muita chuva! Não tinha distinção. Cidades maiores, currutelinhas insignficantes, a chuva caía na mesma medida, ritmo e intensidade.

A viagem era relativamente longa, 500 km pra percorrer e a chuva tornava um problema, uma vez que as estradas estavam sofrendo com a quatidade de água empoçada, o carro tinha que diminuir a velocidade.

Lugar lindo, paisagem perfeita.. Quase o paraíso. Visitei a família, conheci pessoas, cuidei de criança, aprendi truques culinários... e surpreendentemente, o que eu nunca imaginava encontrar lá pras bandas daquele lugar, eu acabei encontrando. Na cidade que não era tão grande, os acontecimentos movimentam toda uma população e consequentemente os turistas que ali estão. Era um evento. O acontecimento da pecuária da região. Vaquejada, alguém já ouviu falar? É, o nome é esse mesmo.

Vaquejada é um esporte praticado pelos peões, oriundos do nordeste, onde a intenção é 'laçar' os bois de uma forma alternativa. Uma vez que no Nordeste, a vegetação é pedregosa e muito diverificada, os peões econtram uma certa dificuldade em laçar os bois, para apreendê-los. Por isso, surgiu a vaquejada. Funciona assim: o peão montado em seu cavalo, corre atrás do seu alvo e puxa-o pelo rabo, para que esse esteja mobilizado. E como toda cultura vira moda e até mesmo esporte, nesse caso não foi diferente. A vaquejada foi trazida pra região de Goiás e tornou-se esporte atrativo naquela cidade.

Por lá, encontrei de tudo. Crianças, jovens, homens, mulheres, curiosos.. Cavalos, bois, churrasco, lama e muita chuva! A movimentação foi ganhando espaço. As pessoas se aglomeravam cada vez mais, a partida estava prestes a ser dada. E derepente, um moço montado num cavalo alazão de muita qualidade, desparou atrás de um boi. Este peão foi inclinando seu corpo no cavalo, adquirindo maior velocidade até que suas mãos encontrassem com o rabo do animal que tentava se defender, correndo cada vez mais. O objetivo era derrubar o animal num limite de espaço. Quem assim fizesse ganharia pontos e seria o vencedor.

Nesse ritmo de ano novo, vida nova e recomeço percebi que as coisas mais belas estão naquilo de mais simples que existe. Para os competidores da vaquejada, um começo de ano muito agitado. Para mim, espectadora de um esporte tão inusitado e irreverente pra quem conhecia, um início de ano surpreendente.



Bom, é isso! Um Feliz Ano Novo surpreendente pra todo mundo!



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