quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Não me enquadro

Cresci ouvindo que religião, política e futebol não se descutem. Hoje, na faculdade vejo que essa teoria é totalmente inadequada. Tenho estudado a política e a religião constantemente, e aliás, isso justifica a forte ligação existente entre esses dois conceitos.
Bom, meu objetivo inicial não é falar nem de um, nem de outro conceito. Na verdade, hoje meu pai conversando comigo, utilizou uma de suas frases mais comuns: 'Não durma na cama que deixei preparada pra você'. É, de inicio é improvável que alguém entenda o sentido dessa frase... Mas vou tentar explicá-la, por que é exatamente essa frase que me deu inspiração a escrever no blog.

Estávamos falando da alienação, apatia, ceticismo, ignorância, má-vontade e descrença da grande maioria dos 'jovens' [é assim que ele nos vê]. Ele disse que na época em que ele estudava, era jovem, universitário, a realidade era outra. Eles lutavam pelos objetivos, eram unidos e acima de tudo, concretizavam tudo aquilo que buscavam. Por isso, agora, vendo as filhas crescidas ele acha que tudo aquilo que ajudou a contruir para que nós tivessemos um futuro melhor, tem sido meio em vão. Usou a frase ' Não durma na cama que deixei preparada pra você ', justamente pra que eu continuasse a luta que ele inciou, não me adaptasse, não me acostumasse.. Pra que eu não fique parada, esperando que os outros lutem por mim.
Porém, eu não concordo com esse pensamento do meu pai, que mesmo sendo tão mais experiente que eu, deixa o ceticismo e um certo 'falso moralismo' tomar conta dos seus ideais. Os nossos pais, avós, tios, enfim, pessoas mais velhas que nos cercam tem a mania de achar que somos alienados, apáticos, céticos... Não condeno essa atitude, por que infelizmente a mídia em geral, passa uma imagem às vezes grotesca dessa imensa tribo que é a juventude. Eles nos vêem usuários de drogas, péssimos alunos, perdidos no mundo, rebeldes com os pais, e etc... etc... etc...
Jamais vão entender que nos ambientes sociais, sejam eles nas escolas, repartições públicas, nas igrejas, nos eventos culturais existem uma grande variedade de jovens que lutam, batalham, tem ideias, objetivos, esperam uma mudança, uma vida melhor, cobram, investigam, vão atrás de suas escolhas... Nunca vão entender também que um adolescente de 16 até seus pequenos 18 anos, na maioria, precisa ESCOLHER o seu futuro, começando aí pela faculade... Quero dizer com isso que, os jovens são sim capazes de transformar o espaço em que vivem, como faziam nossos pais. Eles são sim, cientes, responsáveis pelos seus atos e sabem diferenciar o certo do errado!
Essa minha revolta é simplesmente para que saibamos dizer um NÃO, ou talvez darmos um BASTA à todas as 'falsas imagens' generalizadas que fazem da gente! Não vou discordar que as drogas, a prostituíção, a rebeldia, a apatia está sim presente em todos os ambitos sociais, principalmente quando se diz respeito aos jovens. Mas eu não me enquadro nessa ideologia manipulada pelos meios 'jornalísticos e televisísticos' de que todos somos assim. Você se enquadra?

E viva a Juventude!
[post dedicado ao meu pai]

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Romantismo

Aah o amor! quisera eu saber definí-lo... Saber decifrá-lo, saber traduzí-lo, saber analisá-lo. Hoje me deparei com uma pergunta feita por um amigo: Você se considera uma pessoa romântica? No momento, sem saber como e o que responder, fiz uma rápida avaliação do meu lado afetivo e amoroso. [Antes de mais nada, quero deixar claro que essa postagem é um pouco egoísta e não interessa a ninguém senão a mim, mas de qualquer forma, acho legal transpor aqui esse tipo de indagação já que os leitores verão que não são comuns postagens desse tipo no meu blog.] Na minha avaliação, pude constatar que o romance relamente não é um lado tão transparente quanto à minha personalidade. Mas respondendo, SIM, eu sou intensamente romântica. Primeiro quero diferenciar dois tipos de romance, quando trata-se daquele vivido pelas mulheres no geral: O primeiro romance refere-se àquele em que a mulher encontra-se enlouquecida num recinto de muita sensibilidade e fantasia. Ela deixa de viver a vida real e transforma-se na tradicional princesa do conto de fadas. O segundo romance, mais atípico [no qual me classifico] é um romance completamente individual e seguro. É aquele que é mais intensamente vivido apesar de ser menos demonstrado, por que diferente do primeiro, ele não é fantástico e nem idealizado, ele é vivido pela pessoa que o possui de uma forma mais objetiva e talvez mais clara.
Não quero defender aqui nenhuma vertente, não quero deixar que o meu romance seja melhor do que o de ninguém. Apenas quero levantar uma perspectiva diferente do 'eu romântico', que nunca é expresso pelos poetas e pelos eu-líricos da nossa literatura cotidiana. O amor real às vezes é tido como 'falso amor' ou aquele que não é um amor de verdade. Engana-se quem pensa ou defende essa ideia. O amor real não é apenas protagonisado por artistas que idealizam um sentimento quase inexistente. Ele é vivido da maneira que se pode viver, introduzindo para si uma forma diferente e concreta de amar.
Amo e amo de verdade o homem que escolhi pra viver comigo. Não espero que ele seja o príncipe do cavalo branco, que me faça surpresas, que me traga flores, que me encha de elogios ou que me impressione a cada dia. NÃO, amo do jeito que ele é, amo a simplicidade do amor que ele sente, amo todos os detalhes imperceptíveis e que nunca são esperados por mim, eu amo e amo de maneira real.
Enfim, fico inteiramente feliz em admitir que SIM, eu sou uma mulher que ama e que é amada! [Talvez não mulher, mas alguém que quer ser]

ps: Preciso escrever mais, isso me faz bem
post dedicado: ao meu amor