domingo, 27 de junho de 2010

Compositor de destinos



'Será que é tempo
Que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo
Pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...'

De novo: o tempo! Magnífico gladiador que move o mundo e as pessoas, que demarca vidas, sonhos e destinos. Que comanda e rege tudo o que há na Terra. Que acerta e desacerta. Que alegra e magoa. Que faz as pessoas serem pacientes ou impacientes. Mas o tempo só é tempo, pra quem espera!
Aprendi que o meu tempo é igual ao tempo de todos nós. Eu tenho pressa, quero que tudo aconteça da forma que eu sempre planejo, tenho sede, vontade de acelerar as etapas da vida... Sou humana, e no entanto, dependente desse tempo que é tão vasto, tão sombrio, tão absoluto!
Não seria eu, se não fosse o tempo. Não teria nascido, não teria crescido, não teria aprendido, não teria errado, não teria vivido, não teria chegado! Mas a angústia que alimenta as minhas indagações, e imagino que seja a mesma angústia que rege a vida de tanta gente, é a do simples fato de eu não saber se estou no inicio, no meio ou no fim dessa peça teatral a qual faço parte.
Meus sonhos, planos e desejos necessitam de tempo pra serem concretizados. Necessito de vida, de anos, de vários momentos pra que tudo o que almejo possa se tornar realidade. E quem irá me dizer quanto tempo tenho pra colocar tudo isso em prática? Que cartomante, mágico, deus ou astrônomo tem essa dádiva, dom ou magia de me revelar qual o tempo reservado pra mim?

E me pergunto: Pra que tanta pressa, se pra 'tudo há um tempo debaixo dos céus' ?
E pra minha resposta: 'Quem mata o tempo não é um assassino e sim um suícida!'

Não queiramos ser suícidas de nosso próprio tempo, não tenhamos vontade de ultrapassar as horas. Aprendi que não existe nada mais precioso que o tempo, por que ele é o preço da eternidade!

E como já dizia o poeta :
'Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos'