quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O gato


Ganhei um gato. É, ganhei um gato, simples assim! Hoje é dia 26 de janeiro de 2012 e eu ganhei um gato. A simplicidade dessa postagem vai espantar qualquer um que leia, não a mim que escrevo. A questão é a seguinte: Eu nunca quis ganhar um gato. Eu nunca quis ter um gato e acho que nunca olhei pra um gatinho na rua e exclamasse com emoção: noooooooossa, que gatinho lindo! Não que eu nunca tenha achado um gatinho lindo na vida, mas é que eu sempre optei por achar cães lindos e fofinhos. A vida toda eu me poupei de achar gatos engraçadinhos, encantadores ou talvez amigos. Eu sempre elevei tais adjetivos para os cachorros. Meus tão amados cachorros.!

Bom, eu sempre tive cães em casa. Tive o Raí, a Pagu, a Shakira e o Brutus. O Raí era meu e de mais ninguém. Quando conheci, eu tinha 2 anos de idade (e juro que lembro exatamente do momento em que eu o vi). Eu acho que o amava, eu brincava com ele e até mordia. Eu achava que ele devia fazer tudo que eu queria, mas eu cresci e ele envelheceu... Nossa história não ficou tão amigável assim. A Pagu foi a fofinha que toda menina quer ter um dia. Ela era linda, branquinha, peludinha... uma legítima poodle! Era extremamente brincalhona e carente, tais características me definem bem. Mas ela era muito custosa, e dava dor de cabeça pra todos daqui de casa. Meu pai disse que ela morreu, mas eu sei que ela não morreu! Deram ela pra outra família por que não estávamos prontos pra tanta desordem! Eu acho que na época eu senti muito a falta dela, mas hoje não sinto tanto, ela ficou pouco tempo com a gente. A Shakira foi a cadela mais vistosa que tivemos. Era negra, maravilhosa, misteriosa e muito brincalhona. Isso contrastava toda aquela majestade. Uma pastor alemã, luxuosa! Eu também aprendi a amar muito a Shakira... Foi quando surgiu o nosso Brutus, o nosso amado Brutus. Ele era tão pequenininho, todo malhadinho de branco e preto, inofensível e fofo. Ele cabia no nosso mundo e a gente cabia no dele. A Shakira ficava enorme perto daquela coisinha tão doce. Eu sei que ela o amava, como todos nós fazíamos. Mas cotidianamente, numa velocidade impressionante o Brutus ia crescendo e aquele pitbull ia tomando forma e transformando a casa num reinado onde claro, ele era o imperador. E que imperador! A Shakira tava perdendo a majestade aqui dentro de casa. Tava perdendo as atenções e se tornando mera coadjuvante. O Brutus, em contrapartida, estava enaltecido, cheio de glória e muitas graças. Todos o queriam, todos o pegavam, todos o agarravam e ele virou o melhor amigo que a gente teve a ilustre oportunidade de conhecer. O Brutus abrilhantou nossas vidas por lindos 5 anos e nos deixou muito cedo, como alguém que vai embora sem se despedir. Ele nos deu graça, nos deu alegria, nos deu força, nos deu segurança, nos deu felicidade, nos deu VIDA!... nos deu a maior saudade.

Claro que todos eles foram construtores de muita amizade aqui no nosso lar. Claro que amamos um a um de uma forma muito especial. Claro que cada um nos deixou saudades. Claro que somos gratos aos nossos melhores amigos... Mas o Brutus nos fez o que nenhum outro foi capaz de fazer. O Brutus não nos deixou ter nenhum amigo por quase 5 anos, por que ele seria pra gente um 'quase' insubstituível. O Brutus nos deu a exclusividade de sentí-lo por todo esse tempo. O Brutus mexeu com o nosso corpo, com as nossas lembranças e com o nosso coração. Aaaah meu querido Brutus, você faz uma falta!

Hoje, meu pai nos deu a confortável notícia de que ganhamos um Labrador. É, ganhamos um Labrador! Eu e minhas irmãs estamos fortemente encantadas com essa ideia. Sempre quisemos um cachorro assim na espera de que ele possa ocupar ou pelo o menos parecer com o nosso querido e amado Brutus. Ele ainda não está em nossas mãos, tem só um dia de vida e por isso não tenho muito o que falar. Mas eu estou feliz, muito feliz! Já sonho com o rostinho dócil daquele serzinho inofensível que com certeza se transformará no nosso amigão, assim como foi o nosso estimado Brutus.



Preciso falar do gato né? Minha postagem leva tal palavra como título. E o meu gato é um gato! meu gato é o Guto! E incrivelmente eu estou adorando a presença do Gato Guto aqui em casa. A ideia irrisória de ter um gato agora se transforma numa maravilhosa história. Eu nunca me imaginava correndo atrás de um gatinho tão pequenininho. Eu nunca me imaginava alimentando essa coisinha. Nem mesmo pedindo que ele fizesse poses pra eu tirar fotos. Mas eu fiz tudo isso e estranhamente eu estou apaixonando pelo gatinho. Ele tem frieza nos seus gestos e no entanto tem meiguisse. Ele não faz muita coisa, não mia, não chora. Mas quer ficar perto, no colo se possível e isso o faz delicado. Ele quebra aquela impressão que sempre tínhamos de algo grande, forte, que corria e pulava ao nosso encontro. Ele não é grande, não é forte, não corre e nem pula, mas ele é um gato e gatos são assim. Ele tem individualidade e que individualidade! Ele é meu, ele é nosso, ele é um presente.!

Eu estou aqui pra dizer que errei ao julgar os gatinhos inofensivos que encontrei na vida. Eu estou aqui pra me redimir e afirmar que gatos são gatos e merecem amor e carinho assim como qualquer outro animal. Eu estou aqui pra amar o meu Guto e torná-lo inesquecível! Ele precisa de nós, ele precisa de mim. Assim como eu vou precisar dele pra me fazer mais feliz daqui pra frente.

[aos gatos, ao Guto, aos animais de estimação]

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Auto-Controle


Se tem uma coisa que todos os habitantes do Planeta Terra deveriam possuir é o auto-controle. Auto-controle para amar, para fazer amigos, para ser amigo, para respeitar, para entregar, para adquirir, para guardar, para dar. Controle da mente, do coração, do corpo e dos movimentos. Controle dos desejos mais profundos e das vontades mais insaciáveis. Controle da fala, do olhar e dos sorrisos. Controle das críticas - aah como esse é imprescindível!
O controle deveria ser inerente à pessoa humana. Assim como todos nascem com o cordão umbilical, fonte de alimento e principal ligação com o ventre materno, todos deveriam nascer e serem desenvolvidos pelo auto-controle.
Se você tem controle sobre sua vida e sobre seus atos, você tem controle sobre o mundo. Não tô falando do controle no sentido de poder controlar as pessoas e possuir tudo aquilo que se deseja. Não! Tô falando do controle capaz de fazer você pensar duas, três, quatro vezes antes de cometer um erro. Do controle que te leva aos acertos, do controle que te impede de ficar arrependido. Do controle que não te deixa sofrer. Esse sim é o controle que eu me refiro tanto.

As pessoas seriam mais donas de si mesmas. Seriam menos dependentes do resto do mundo e acho que as coisas funcionariam melhor.

Já imaginou se você pudesse ter controle sobre o amor?

Sei que muitas pessoas podem ler esse meu post com um olhar crítico, discordando em número, gênero e grau de tudo isso que eu escrevi. No entanto, eu vou ser firme na minha posição. Eu gostaria sim de ter auto-controle sobre tudo no mundo! Arrisco até em dizer que as pessoas pudessem ser mais felizes e que a humanidade precisaria menos de tantas coisas que hoje se fazem essenciais para a vida. Arrisco ainda em dizer que quem tem auto-controle sobre pequena parcela da sua vida, tem mais inteligência para agir no seu cotidiano e por isso, são mais recompensados pela própria vida.

Na minha lista de metas que pretendo seguir, o auto-controle sempre esteve entre os três primeiros lugares. Nesse ano não será nada diferente: Auto-Controle para agir, pensar, falar, demonstrar... Auto-controle para amar.

[post dedicado à mim mesma.]